Os governadores Eduardo Campos (PSB), de Pernambuco e os petistas Marcelo Déda, de Sergipe, e Jaques Wagner, da Bahia, se reuniram nesta quinta-feira, em Brasília, para definir a estratégia para a conquista de cargos no futuro governo Dilma Rousseff. O encontro ocorreu na sede da representação de Sergipe. Também participou da conversa o ex-governador do Piauí e agora senador eleito Wellington Dias (PT).
A prioridade é emplacar o ministro da Integração Nacional. O nome mais forte é de Fernando Bezerra, atual secretário de Desenvolvimento Econômico do governo de Pernambuco. Até agora, ele tem sido visto como uma indicação pessoal de Eduardo Campos, que é também presidente nacional do PSB. No encontro, Wagner e Déda se colocaram à disposição para endossar um nome que pode ser o de Bezerra.
Na entrevista, eles preferiram não citar o nome do secretário de Campos. "O ideal é que (o ministro da Integração Nacional) seja um nome do Nordeste", disse Déda. "Se for do PT vai ter diálogo conosco. Se for do PSB, vai ter diálogo com o PT", completou o governador de Pernambuco.
Déda e Wagner querem que Campos ajude-os a emplacar aliados em outros cargos. Na reunião, Déda escreveu em uma prancheta quais postos serão defendidos de forma conjunta pelo grupo. Além do Ministério da Integração, o governador do Sergipe listou as pastas do Desenvolvimento Agrário e do Desenvolvimento Social. “Esse ministério é a cara do Nordeste”, afirmou o senador eleitor Wellington Dias, que é cotado para a vaga.
Ele e três governadores também defenderam “uma integração” de seus governos com cargos federais em estatais. Por isso, Déda também listou como estratégicos como no Banco do Nordeste, na Companhia Hidrolétrica do São Francisco (Chesf) e na Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco).No desenho feito na prancheta, incluiu a frase “cargos regionais, integração”.
Numa crítica velada ao PMDB, os quatro afirmaram que querem apresentar “soluções e não problemas” à presidente Dilma. Atualmente, a Integração Nacional é comandada pelo PMDB. Entre o começo de 2007 e abril deste ano, o deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) comandou a pasta. Ele deixou o cargo para se candidatar ao governo baiano, mas acabou derrotado pelo atual governador Jaques Wagner.
“Não resta dúvida que todo mundo se sente mais confortável quando vê alguém (ministroo) que se tem um acesso mais direto”, disse Wagner. “Eu estou muito à vontade porque meu caso meu ‘personograma’ anterior não me ajudou nada. Ao contrário”, completou o governador baiano, referindo-se Geddel. Quando o deputado colocou-se como ministeriável em 2007, Wagner apoiou o nome do deputado.
O governador baiano ressaltou, porém, que não vão lutar por “personagens” e que defenderá “resultado”. “Não se trata de personograma. Ser torcedor do Corinthians ou do Bahia. Se o desempenho não for bom, não resolve a minha vida e não resolve a dela. O que a gente quer é resultado. Todos nós ganhamos a eleição por méritos nossos e por méritos de uma política que foi focada numa região (Nordeste) que esperava isso há tempo”.
O governador do Sergipe, Marcelo Déda, afirmou que o grupo precisa estar unido. “Primeiro é preciso discutir o que a gente acredita quais os órgãos e ministérios que são ferramentas de políticas públicas para a região e que o Nordeste acha que poderia estar representado, se é do PSB, do PT. Quem tem quadros. Isso é uma discussão que passa pela ministra Não podemos impor nomes”, disse.
A conversa também visou evitar disputas entre os partidos. Como o Poder Online informou, setores do PT ficaram irritados com o excesso de poder do PSB e de Eduardo Campos. Os petistas não gostaram do convite feito ao senador Antonio Carlos Valares (PSB-SE) para ocupar a pasta do Turismo. “Não queremos que uma composição de governo coloque em risco uma convivência política da melhor qualidade entre os governadores do Nordeste”, disse Déda.
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, afirmou que conversará com a presidente Dilma só na semana que vem. Ele negou que a definição sobre a participação do PSB no governo tenha atrasado por conta dos problemas no PMDB. Nesta quarta-feira, a bancada da Câmara se posicionou contra a indicação de Moreira Franco para as Cidades, o que emperrou as negociações do vice-presidente eleito Michel Temer com Dilma.
Fonte:http://ultimosegundo.ig.com.br
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