É na juventude que uma sociedade deposita as maiores esperanças de vivermos em um mundo melhor no futuro, por outro lado, é também neste segmento, de 16 a 29 anos, que infelizmente encontramos mais ocorrência dos principais problemas da sociedade contemporânea.
Entre os jovens estão os maiores índices de usuários de álcool, cigarros e drogas; causadores e vítimas de acidentes de trânsito. Também são os jovens os que mais sofrem com o desemprego; e os que entram para a criminalidade.
Esta grande contradição entre a esperança nas novas gerações e a triste realidade urbana encontrada nas estatísticas, gera a necessidade de que o poder público e a sociedade civil definam planos e ações direcionadas a proteger, capacitar e gerar oportunidades aos jovens, de modo a mudar estes números. Este conjunto de planejamentos e ações dos governos com o apoio da população são as políticas públicas para a juventude, ou P.P.J.
Considerar as políticas públicas para a juventude ações direcionadas somente a um segmento da sociedade ou grupo de interesse, é um equivoco, pois os jovens podem ser considerados os grandes responsáveis pelo futuro de todos nós, sendo que as ações geram conseqüências em toda comunidade. Beneficiando toda a família, melhorando a qualidade de vida nas cidades, diminuindo a criminalidade e contribuindo para a economia em geral.
Falar em PPJ é tratar de desenvolvimento de ações direcionadas em diversas áreas de interesse público. Por exemplo, na área de educação, possibilitando que as escolas, além do conhecimento formal, gerem capacitação e profissionalização aos estudantes. Outro exemplo são os incentivos ao esporte por meio do apoio aos atletas, construção de centros esportivos e parques, estas políticas públicas para a juventude na área de esportes geram excelentes resultados para a saúde e para a qualidade de vida.
Além das políticas que atingem as principais áreas de serviço público de uma cidade, como educação, saúde, empregabilidade e cultura. As PPJ também abrangem assuntos novos de grande relevância como, por exemplo, as políticas de inclusão digital, que beneficiam todas as pessoas interessadas em adquirir conhecimentos sobre informática e internet, qualificando-as para o estudo e mercado de trabalho.
Diante de tudo é necessário que, antes que as condições dos jovens se tornem críticas e as conseqüências irreversíveis, ocorra um grande pacto entre os governos, os políticos, a iniciativa privada, organizações não governamentais e a sociedade em geral para elevarmos as políticas públicas para a juventude a um lugar de destaque no debate político brasileiro, ocupando definitivamente seu espaço no planejamento das cidades, Estados e do governo federal.
Conscientizando ainda, que além de prevenir gastos reparatórios com o poder judiciário, com aumento da criminalidade, construção de presídios e perda da qualidade de vida, os custos com o desenvolvimento de políticas púbicas para a juventude, não representam gastos e sim um grande investimento no futuro do Brasil.
Secretário de Juventude do PSB - Minas Gerais
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