quarta-feira, 19 de maio de 2010

PSB discute alianças estaduais com PT



O Diretório Nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB) reúne-se na sexta-feira para discutir a política de alianças para as eleições, após a decisão de apoiar a candidatura da ex-ministra Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República, anunciada no último dia 5 pela Executiva Nacional. O partido também vai julgar a expulsão do deputado distrital Rogério Ulysses, envolvido nas denúncias do chamado mensalão do Distrito Federal. O encontro começa às 9h na sede do partido em Brasília.
O PSB quer receber o mesmo tratamento dado pelo PT a outros partidos aliados - PDT, PR, PRB e PCdoB -, além do PMDB, com ajuda na formação de alianças nos Estados em que considera ter candidatura forte. No anúncio do apoio a Dilma, no dia 5, o presidente nacional da legenda, o governador pernambucano Eduardo Campos, disse que espera o suporte dos petistas nos palanques regionais.
De acordo com o secretário-geral do partido, Carlos Siqueira, o apoio do PT aos candidatos do PSB já está confirmado no Espírito Santo (Renato Casagrande), Piauí (Wilson Martins), Rio Grande do Norte (Iberê Camargo), Pernambuco (Eduardo Campos), Ceará (Cid Gomes) e Amapá (Camilo Capiberibe). O partido também trabalha para disputar o governo na Paraíba (Ricardo Coutinho), Mato Grosso (Mauro Mendes) e São Paulo (Paulo Skaf). No Rio Grande do Sul, onde Beto Albuquerque desistiu da candidatura na segunda-feira, é provável que o PSB apoie a candidatura do ex-ministro da Justiça Tarso Genro (PT), segundo Siqueira. "Eles têm autonomia para decidir o que quiserem, mas acredito que apoiarão Tarso Genro."
Expulsão
Na reunião de sexta-feira, o Diretório Nacional também deve julgar o recurso interposto pelo deputado distrital Rogério Ulysses, expulso pelo PSB-DF após seu nome ser envolvido nas denúncias deflagradas pela Operação Caixa de Pandora sobre um esquema de corrupção no Distrito Federal.
Carlos Siqueira adiantou que o diretório deve manter a decisão da direção distrital. "É uma decisão difícil, até porque, dada a época da expulsão, ele não teve tempo de se filiar a outro partido e não poderá se candidatar neste ano, mas o Diretório Nacional deve manter a posição", afirmou. (ESTADÃO)

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