Ao pedir o registro da candidatura do empresário Paulo Skaf ao governo paulista, o PSB informou ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo que poderá gastar até R$ 50 milhões na campanha. Trata-se de um orçamento dez vezes maior que o apresentado pelo partido quatro anos atrás, quando o candidato ao Palácio dos Bandeirantes era o professor Mario Luiz Guide, vereador em Osasco. Em 2006, o PSB estimou despesas de no máximo R$ 5 milhões.
Segundo o deputado federal Márcio França, presidente do PSB de São Paulo, existe uma “drástica diferença” entre as duas campanhas. Em 2006, explicou ele, a legenda lançou a candidatura de Guide sem qualquer perspectiva de vitória. O objetivo, naquele momento, era reforçar a busca por votos para ampliar a bancada do partido na Câmara dos Deputados.
- O Skaf está disputando para ganhar a eleição, para ir ao segundo turno. É uma diferença drástica. Naquele momento, não tínhamos a pretensão de furar o bloqueio dos dois grandes [PT e PSDB], mas agora temos, e o recurso é proporcional a isso.
França disse que na eleição disputada há quatro anos, dos R$ 5 milhões previstos em gastos, apenas R$ 300 mil foram efetivamente desembolsados. O maior investimento, afirmou, foi para gravar programas de TV.
Neste ano, ao contrário, haverá uma enorme estrutura, que inclui os caros trabalhos do publicitário Duda Mendonça, famoso pela eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002 e por seu envolvimento com o escândalo do mensalão, três anos mais tarde.
Em entrevista ao R7, Guide lembrou que sua campanha enfrentou uma série de dificuldades e esbarrou na estrutura limitada.
- As campanhas do PSB são difíceis. O Estado de São Paulo é muito grande. Na época, nós devíamos ter uns 300 vereadores e 400 diretórios. Para percorrer tudo isso, você precisaria ter condições de [fazer um] deslocamento maior.
Agora, a situação é muito diferente. Embora tenha se coligado apenas com o nanico PSL, o PSB espera contar com o maciço apoio do empresariado paulista para abastecer os cofres de sua cara campanha. Skaf presidiu a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) por seis anos e se licenciou do cargo para se candidatar. Por sua proximidade com o empresariado do Estado mais rico do país, França vê o apoio do setor como “natural”.
- Tem sido uma grata satisfação ver que empresários simpáticos à candidatura dele têm ajudado. Ele é uma pessoa de fato representativa nesse mundo.
Ao todo, as campanhas para o governo de São Paulo poderão custar até R$ 195,6 milhões. A maior previsão de gastos foi entregue pelo PSDB, que fixou um teto de R$ 58 milhões para a campanha de Geraldo Alckmin.
Fonte:noticias.r7.com
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